Cavaleiros do Zodíaco The Lost Canvas Vale ou não Vale ?

Alone (Hades), Sasha (Athena) e Tenma de Pégaso

Na metade de 2006, a Shueisha começou a preparar o terreno para a comemoração dos 20 anos de Saint Seiya, mais conhecido por aqui como o sucesso avassalador Cavaleiros do Zodíaco. O carro chefe: The Lost Canvas, a nova série de mangá que retratava a Guerra Santa anterior, mais de 200 anos no passado.  Em 2009, a série de mangás virou um OVA, e se prepara para os 25 anos da série.

O que muda?

Antes de mais nada: para a alegria de muitos, não existe Seiya aqui. Em verdade, as únicas caras familiares serão Dohko de Libra e Shion de Áries, dois jovens cavaleiros de Ouro que terão a vida mudada pelo turbilhão de acontecimentos. O Cavaleiro de Pégaso desta Guerra Santa é Tenma, amigo de infância dos irmãos Sasha e Alone, as encarnações desta era de Athena e Hades, respectivamente.Dohko de Libra e Shion de Áries (ao centro) são jovens e inconsequentes. Mal imaginam que terão papéis tão importantes na próxima Guerra Santa

Apesar das rosas, Albafica de Peixes não tem nada de Afrodite. Ele é talentoso, solitário e implacável

Por que assistir?
Lost Canvas é um conto mais maduro, ao gosto de quem não suporta mais a ladainha shonen com o paradigma de “SEIYA/GOKU/YUSUKE/NARUTO/​ICHIGO, TUDO DEPENDE DE VOCÊ, VOCÊ É F*BEEP* DIGDIN DIGDIN DIGDIN!”. Ainda que tenha como pano de fundo a história de Tenma, a trama não se desdobra por um protagonista Lv.1 que desenvolve um poder tirado sabe-se lá de onde (talvez de onde você tenha pensado). Aqui quem rege a orquestra são os campeões do mundo, os Cavaleiros de Ouro, contra os melhores do outro mundo, os generais do inferno. São batalhas de magnitude cósmica, poderes imensos se chocando e varrendo do mapa cavaleiros de Bronze e Prata que estão no caminho. É como as batalhas dos Capitães contra os Spadas em Bleach, ou como os Kages botando a mão na massa em Naruto.

Em Lost Canvas, cada Cavaleiro de Ouro é abordado de forma plena e profunda. Se você assistir aos episódios daquele arco de histórias, e apenas daquele arco, poderá imaginar “nossa, o personagem principal deste anime é o Aldebaran!”. Durante aqueles episódios você viverá o Aldebaran, entenderá o que o levou a deixar de ser Hasgard para virar Aldebaran, a tradição do título, quais os sacrifícios que fez para se tornar o que é hoje. E o mesmo acontece com cada um dos 12 cavaleiros, de forma que cada um deles poderia ser um protagonista de sua própria série. Você ainda ouvirá os clichés como “um mesmo golpe não funciona duas vezes”, mas passará a ter um apego especial por cada um deles.

Não se engane com a aparência inocente: 

Ler ou assistir?
Há diversas disparidades entre o mangá e a série de OVAs. As lutas de Albafica e Aldebaran no animê são intensamente mais dramáticas que no mangá, e alguns sacrifícios são explicados melhor. É quase como se o anime cobrisse furos deixados no passado, na versão quadrinizada. Estou ansioso para ver como farão Degel de Aquário Vs. Poseidon e a redenção de Kagaho de Benu. Por outro lado, a versão em papel mostra eventos omitidos na série, que têm repercussões no futuro. Desta forma, recomendo conferir ambas.

O despertar de Sísifo no animê é épico, com direito à queda de Sagitário para a escuridão e sua redenção diante de Athena